Tema Festejos Farroupilhas
Assinando o
Tema Anual
Eduardo Leite
Governador do Estado do RS
Ilva Maria Borba Goular
Presidente do MTG
Jayme Caetano Braun - A Voz Imortal da Tradição Gaúcha nos Festejos Farroupilhas
Os Festejos Farroupilhas são um marco para celebrar a história e a identidade do Rio Grande do Sul. O período serve para aprofundar os entendimentos sobre os valores, as tradições e as lutas que deram contornos para a cultura gaúcha. É também uma oportunidade para se refletir sobre esse legado que define muito do que somos.
Para se ter compreensão da importância dessa festividade, é preciso um olhar que ultrapasse as batalhas e os feitos históricos. Também é necessário mergulhar na alma do povo. Neste cenário, surge a figura de Jayme Caetano Braun, um elo vital entre os Festejos Farroupilhas e a identidade gaúcha.
Nascido em meio às paisagens das Missões, desde cedo ele se nutriu da riqueza poética e da tradição oral que compunham seu ambiente familiar. Morou em São Luiz Gonzaga, Cruz Alta, Passo Fundo e Porto Alegre, o que possibilitou que diferentes facetas da cultura gaúcha se entrelaçassem em suas obras.
Braun foi poeta, pajador e defensor das tradições, tornando-se uma das vozes mais representativas do Rio Grande do Sul. Com uma poesia que ressoa os valores e as emoções do povo gaúcho, transmitiu histórias, mitos e tradições que permeiam a cultura sulina. Por meio de seus versos, elevou a coragem dos gaúchos, a beleza da paisagem do Pampa e a luta pela preservação das tradições.
Em 1957, Braun esteve entre os que fundaram a Estância da Poesia Crioula, a qual presidiu de 1960 a 1961. Dois anos depois, foi um dos fundadores do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Com ações como essas, dedicou sua vida a difundir e valorizar as manifestações da cultura do Rio Grande do Sul, deixando um legado que perdura até hoje, sendo inspiração para que novas gerações mantenham viva a chama da tradição.
“E a china?”
Quantas vezes ouvimos essa pergunta ecoando pelos galpões dos CTGs ao longo de nossas jornadas tradicionalistas?
Neste ano, celebramos um marco extraordinário na história da literatura: o centenário de Jayme Caetano Braun. Este momento se configura como um convite à reflexão, à admiração e à gratidão pela vida e obra deste grande mestre das payadas. Fosse o Piraju, Martín Fierro, Chimango ou o Andarengo, independentemente de seu pseudônimo, Jayme Caetano Braun nos presenteou com versos que transcenderam o tempo e tocaram os corações de gerações. Sua habilidade de capturar a essência do gaúcho e suas mais caras tradições, suas emoções mais profundas e os mistérios da vida, é verdadeiramente notável.
“Porque na rinha da vida
Já me bastava um empate!
Pois cheguei no arremate
Batido, sem bico e torto
E só me resta o conforto
Como a ti, galo de rinha
Que se alguém dobrar-me a espinha
Há de ser depois de morto!”
Esse verso define a valentia gaúcha representada pelo galo de rinha, tema que Jayme abordava com muita galhardia.
Ao celebrarmos o centenário de seu nascimento, temos a oportunidade não apenas de lembrar seu legado, mas também de renovar nosso compromisso com a poesia e a arte. Pois é através das palavras que encontramos conforto em tempos difíceis, inspiração para sonhos mais elevados e conexão com o mundo
ao nosso redor.
É hora de trazermos Don Jayme de volta aos galpões!
À medida que mergulhamos nas páginas de suas obras imortais, somos lembrados da capacidade transformadora da poesia. Ela nos desafia a ver o mundo com novos olhos e a encontrar beleza nas pequenas coisas.
Biografia - Jayme Caetano Braun
Jayme Caetano Braun:
Vida e Legado do Maior Payador Brasileiro
(Pseudônimos de Piraju, Martín Fierro, Chimango e Andarengo)
São Luiz de Gonzaga, RS, 30/01/1924
Porto Alegre, RS 08/07/1999
FILIAÇÃO: João Aloísio Braun e Euclides Caetano Braun.
ATIVIDADES: Foi o segundo filho do casal, tendo como irmãos: Maria Florinda, Terezinha, Judite, Zélia e Pedro Canísio.
Jaime Guilherme Caetano Braun nasceu na Fazenda Santa Catarina, de Aníbal Caetano, seu avô materno, na localidade da Timbaúva, na época distrito de São Luiz Gonzaga, hoje município de Bossoroca, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.
Seu pai era filho de imigrantes alemães, professor e diretor do colégio elementar Pinheiro Machado; respeitado nas comunidades por onde passou, tendo sido delegado de educação nas cidades de Santa Cruz e Passo Fundo. Sua mãe era filha de família tradicional pecuarista, da localidade de Timbaúva. Sobre seu pai, Jayme descreve a grande admiração que sentia por ele na emocionante poesia “Oferta”, no livro De Fogão em Fogão. De sua mãe, precisamente, herdou a veia poética; sua avó materna Florinda Ramos Caetano, irmã do poeta e coronel revolucionário Laurindo Ramos, dominava o verso de improviso e recitava seus poemas no ambiente familiar criando forte estrutura poética que Jayme veio a conviver e herdar mais tarde.
O casal João Aloysio e Euclides, após casarem em São Luiz Gonzaga, no ano de 1920, passaram a residir na Avenida Senador Pinheiro Machado n° 1934, em frente à antiga Praça da Lagoa (Atual Praça Cícero Cavalheiro). Em Janeiro de 1924 o casal Braun, como de costume, foi passar as férias escolares na Timbaúva, na fazenda Santa Catarina. Nesta feita havia motivo maior para a ida até a localidade da Timbaúva, pois Dona Euclides Ramos Braun, grávida, confiava muito na parteira daquela localidade: Dona Antônia. Em 30 de janeiro de 1924, num quarto junto a sala, veio ao mundo, por intermédio da parteira, Dona Antônia, o Poeta Maior: Jayme Caetano Braun. Permanecendo na fazenda durante todo o período de resguardo até o retorno de sua mãe para a casa em São Luiz.
Poucos dias após seu nascimento, Jayme foi registrado no posto designado em Bossoroca (na época 3° Distrito de São Luiz Gonzaga) onde consta como declarante o Senhor Anajande Ramos Ribeiro e que o casal Braun estava a passeio no Distrito. N° do registro de nascimento: n° A-6; folha n° 16, n° ordem 21; data 07/02/1924.
Viveu na infância em São Luiz Gonzaga, nas imediações da Praça da Lagoa e na adolescência mudou-se com a família para Cruz Alta, devido à transferência do pai, que foi designado diretor de escola em 1938.
Em 1939 foram para Santa Cruz do Sul, com o Senhor Braun sendo delegado de ensino.
De 1940 até 1942, seu pai assumiu cargo de delegado de ensino em Passo Fundo. Ali viveu dos 16 anos aos 19 anos, completando seus estudos no Colégio Marista Conceição e ali alistou-se no Exército Brasileiro, onde prestou o tiro de guerra e foi dispensado. Retornaram para Cruz Alta, lá seu pai se aposentou e faleceu.
Após a morte de seu pai a família passou a residir em Porto Alegre e Jayme retornou às Missões, vindo a morar na fazenda Santa Terezinha, na Timbaúva, de propriedade de seu tio materno Danton Victorino Ramos, a quem considerava como seu segundo pai. Ficou lá até se casar.
Publicou seus primeiros poemas no jornal A Noticia, de São Luiz Gonzaga, em 1943. Também publicou em O Interior.
Seus ídolos na poesia foram: Laurindo Ramos, seu tio avô; Balbino Marques da Rocha; João da Cunha Vargas – do Alegrete; Juca Ruivo e os insuperáveis Athaualpa Yupanki e José Hernandez, autor do clássico Martin Fierro.
Casou-se com Nilda Aquino Jardim, filha de Rivadavia Romeiro Jardim e Faustina Aquino Jardim, no dia 20 de dezembro de 1947. Passou a morar na fazenda Piraju de propriedade de seu sogro, permanecendo lá pouco mais de um ano, indo morar posteriormente perto dali, na Serrinha (Vila Distrito de São Luiz Gonzaga) naquela localidade possuiu um autêntico bolicho de campanha (a sua casa era nos fundos do bolicho) onde ocorriam rodadas de poesia e música até tarde da noite.
Sobre essas tertúlias lembra o Sr. Ataliba dos Santos (na época era jovem ajudante no bolicho): “O Jayme quando inspirado ficava, às vezes, olhando para um palito de fósforo entre os dedos (com som de violão sendo dedilhado ao fundo) e as payadas brotavam magicamente”. Permaneceu “bolicheando” por quase dois anos, depois passou a residir na cidade (São Luiz), na Rua Marechal Floriano (fundos hospital de caridade) e ali nasceram seus dois filhos: Marco Antonio Jardim Braun e José Raymundo Jardim Braun.
Após sua experiência como bolicheiro, começou em 1945, a participar de campanhas políticas, daqueles que admirava, como payador.
Seu poema “O Petiço de São Borja”, referente a Getúlio Vargas, foi publicado na época em revistas e jornais do país. Participou na campanha de seu tio materno Ruy Ramos com o poema “O Mouro do Alegrete”. Nos anos seguintes participou nas campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egídio Michaelsen.
Na campanha de Ruy Ramos a deputado federal, apresentava um programa radiofônico na Rádio São Luiz; contratado pelo seu outro tio Danton Ramos, para divulgar a candidatura de Ruy. Devido ao sucesso, obtido em grande parte pelos seus versos de improviso, o programa teve continuidade.
Em 1948 iniciou o programa, na mesma rádio, chamado “Galpão de Estância” (existente até os dias atuais), juntamente com Dangremon Flores e Darci Fagundes. Deste nome veio a surgir mais tarde o primeiro CTG em São Luiz Gonzaga, chamado CTG Galpão de Estância.
Incentivado e apoiado por Ruy Ramos concorreu a deputado estadual pelo PTB no ano de 1959, não alcançando votação suficiente. Esta passagem política lhe trouxe mágoas que o acompanharam por muito tempo. No mesmo ano, a convite de Ruy Ramos passou a residir em Porto Alegre onde ingressou na biblioteca pública do estado, ocupando o cargo de diretor até final de 1963. Depois foi para o IPASE (Instituto de Pensões e aposentadoria dos Servidores do Estado), onde ficou até se aposentar. Jayme sonhava em ser médico mas, tendo apenas o Ensino Médio, se tornou um autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, pois afirmava que “todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador”.
Em 1957 foi um dos fundadores da Estância da Poesia Crioula, vindo a ser, posteriormente, o terceiro presidente da entidade, na gestão 1960-1961.
Foi um dos fundadores do conselho coordenador do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), sendo presidente em 1959.
Em 1973 participa do programa semanal Brasil Grande do Sul, na Radio Guaíba, durante 15 anos.
Na capital, o primeiro jornal a publicar seus poemas foi o A Hora, que dedicava toda semana uma página em cores exclusiva ao poeta.
Devido à grande admiração que tinha por seu tio avô Laurindo Ramos, poeta e Coronel chimango da revolução de 1923 e 1924 e por influência de seu tio Ruy Ramos, começou a usar o lenço branco, sendo apelidado desde moço de “chimango”. Muito mais tarde, na sua maturidade, ao morar em Porto Alegre, capital política dos gaúchos, passou a usar o lenço colorado.
Os direitos autorais de seus vários livros e discos serviram como complemento de renda, pois o poeta, como muitos que trabalham com a arte, enriqueceram mais a alma do que os bolsos.
Separou-se de sua 1° esposa Sra. Nilda Jardim em 11/07/88 divorciando-se em 26/06/95. Casou-se com Srª Aurora de Souza Ramos (Bréa) em 1° de setembro de 1995 na cidade de Porto Alegre. Teve um enteado: Marcelo Bianchi; da união com Aurora Ramos nasceu seu filho caçula: Cristiano Ramos Braun.
A sua saúde foi abalada em muitas situações: quatro pontes de safena, angústias, desilusões e fortes depressões. Várias situações no decorrer de sua emotiva existência colaboraram para o surgimento de seus problemas de saúde: com o passar do tempo conseguiu superar o pouco caso que faziam de sua obra, assim como as críticas que muitas vezes recebeu; mas no início quando nas suas primeiras poesias, foi o desestímulo, por parte de alguns, um adversário forte de ser superado.
Outro fator foi a decepção no pleito da candidatura a deputado estadual em 1959 quando sua mensagem não foi compreendida pelo seu próprio povo. E por fim, talvez o que mais tenha despedaçado o coração do poeta tenha sido a dor pela perda de seu filho primogênito, Marco Antonio aos 30 e poucos anos de idade por abalos no sistema nervoso.
Faleceu no dia 8 de julho de 1999, às 5 horas e 30 minutos, aos 75 anos de idade, na clínica São José, em Porto Alegre, vítima de complicações cardiovasculares.
Seu corpo foi velado às 17 horas no Salão Nobre Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, sede do governo estadual gaúcho e foi enterrado no cemitério João XXIII em Porto Alegre.
É considerado o maior payador brasileiro, sendo prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
É co-autor do Hino a Caxias do Sul, em parceria com Valter Spalding, Aparício Silva Rillo e Alfredo Costa Machado, com Música e Arranjo de Eleonardo Caffi.
Juntamente com Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça é um dos “Troncos Missioneiros”, fundadores do estilo musical chamado: Missioneiro; marca registrada da região das missões e do Rio Grande do Sul.
Dentre seus companheiros e parceiros musicais destacam-se: Noel Guarany, Cenair Maicá, Pedro Ortaça, Lucio Yanel, Glênio Fagundes, Chaloy Jara e Gilberto Monteiro.
Recebeu ao longo de sua carreira inúmeras premiações e homenagens: Destaque Especial no prêmio Açoriano de Música (1997), Troféu Simões Lopes Neto, maior honraria concedida pelo Governador do Estado (1997), Troféu Laçador de Ouro (1997).
Foi instituído em sua homenagem, na data de seu aniversário, 30 de Janeiro, o “Dia do Payador” com lei estadual de N° 11.676/01 de autoria do Deputado estadual João Luiz Vargas.
Seu nome está em Brasília, no Centro Oeste brasileiro, no CTG Jayme Caetano Braun.
Em Santana do Livramento, RS, existe o Piquete Tradicionalista Gaúcho Jayme Caetano Braun.
Em Pedro Osório, RS, no Colégio Getúlio Vargas está o CTG Jayme Caetano Braun.
Em Porto Alegre, o Galpão do IGTF – Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore leva o seu nome. Também na capital gaúcha, a elevada da 3ª Perimetral, sobre a Av. Nilo Peçanha recebe o nome de Jayme Caetano Braun.
Jayme Caetano Braun é nome de rua em São Luiz Gonzaga, São Leopoldo, Canoas e Santa Maria.
Praças têm o nome de Jayme Caetano Braun em São Luiz Gonzaga, Gravataí e Passo Fundo.
É o patrono da cadeira nº 34 da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, de Porto Alegre.
Homenageado na 2ª Quadra da Sesmaria Gaúcha, Festival de Poesias de Osório, RS, em 1997.
No 56º Rodeio de Poetas Crioulos, em comemoração aos 55 anos de fundação da Estância da Poesia Crioula foi homenageado com a Medalha Vargas Neto, in memoriam, recebida por sua irmã Zélia Braun.
Em 2011 a Estância da Poesia Crioula criou em homenagem ao poeta o Concurso de Poesia Gauchesca Jayme Caetano Braun.
É considerado o patrono do Movimento Pajadoril no Brasil.
Participações:
Perfis de Musas, Poetas e Prosadores Brasileiros, 2º Vol. Antologia organizada por Alzira Freitas Tacques (1956); Antologia da Estância da Poesia Crioula (1ª. ed. 1970 e 2ª. ed. 1987).
Citações:
Notas de Bibliografia Sul-Rio-Grandense – Autores (1974) e Dicionário Bibliográfico Gaúcho (1991), ambos organizados por Pedro Leite Villas-Bôas; Dicionário de Regionalismo do Rio Grande do Sul, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes; Escritores do Rio Grande do Sul (1978), de Ari Martins; Quem é quem nas letras Rio-Grandenses; Dicionário de Autores Contemporâneos (2a. ed.), de Faraco & Hickmann, Pajador do Brasil, obra bilíngue de Paulo de Freitas Mendonça (2009).
Obras:
– Galpão de Estância – Versos (1ª ed. 1954 e 7ª ed. 1983);
– De Fogão em Fogão (1ª Ed. 1958 e 7ª ed. 1981);
– Potreiro de Guaxos (1ª Ed. 1965 e 7ª ed. 1983);
– Vocabulário Pampeano em Versos – Pátria, Fogões e Legendas (1973);
– Bota de Garrão (1ª Ed. 1966 e 2ª. ed. 1982);
– Brasil Grande do Sul – Payadas (1966);
– Paisagens Perdidas (1ª ed. 1966 e 1987);
– Vocabulário Pampeano – Pátrias, Fogões e Legendas (1988);
– Payador e Troveiro (1990);
– Antologia Poética – 50 Anos de Poesia (1996);
– Payadas & Cantares – Resgate da Obra (2003).
Discografia:
– Payador , Pampa e Guitarra, de Noel Guarany (convidado especial – 1974)
– Payadas (1984)
– A volta do payador (1984)
– Troncos Missioneiros – Juntamente com Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça (1987); – Poemas Gaúchos (1993);
– Payadas (1993);
– Paisagens Perdidas (1994);
– Jayme Caetano Braun (1996);
– Acervo Gaúcho (1998);
– Êxitos 1 (1999);
– Payada, Memória & Tempo – Obs: Resgate do acervo de Jayme (2006);
– Payada, Memória & Tempo Vol. 2 – Obs: Resgate do acervo de Jayme (2008);
– A Volta do Farrapo – Obs: Resgate do acervo de Jayme (2008).
Tributos:
– CD Tributo a Jayme Caetano Braun, de Geraldo do Norte;
– CD Luiz Marenco Canta Jayme Caetano Braun
– CD Joca Martins Canta Poemas de Jayme Caetano Braun
– CD Paulo Costa e o Legado de Jayme Caetano Braun
– Galo Missioneiro, de Pedro Ortaça;
– Monumento ao Payador, no Complexo Turístico Jayme Caetano Braun, em São Luiz Gonzaga, Missões, RS, escultor Vinícius Ribeiro;
– Medalha do Pajador, instituída pela Prefeitura de São Luiz Gonzaga.
– O Grande Payador, Livro do Escritor Nei Fagundes machado.
– Vários Poetas escreveram poemas em homenagem ao Payador.